O trabalho home office certamente chamou atenção de muita gente no ano de 2020, quando grande parte das empresas foi obrigada a adotá-lo por conta da pandemia causada pelo coronavírus.
A situação de isolamento acelerou diversas práticas e gerou muitas percepções sobre esse modelo que divide opiniões, mas que se firma como algo a ser avaliado e seguido nos próximos anos.
Para ajudar você a entender melhor tudo isso, a UNIFF resgatou a definição desse conceito e suas vantagens e desvantagens e conversou com alguns especialistas no assunto, que explicam o cenário atual e algumas tendências do mercado do trabalho remoto.
O que é home office?
O termo home office vem da língua inglesa e significa trabalho feito em casa. O sentido dele pode até englobar uma perspectiva mais ampla, como sendo o trabalho realizado de forma remota e que pode ser executado em qualquer lugar.
Nos últimos anos, ele conquistou muitas pessoas, já que oferece a oportunidade de não se perder tempo em engarrafamentos nas grandes cidades e ter mais qualidade de vida.
Com funciona o trabalho home office?
O trabalho em home office funciona com a realização das atividades fora da empresa. A própria tecnologia abriu espaço para ele, com a criação de computadores, notebooks e a popularização da internet.
Esse novo formato de trabalho foi até definido pela legislação, para orientar melhor os trabalhadores.
‘Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.'
Fonte: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.
Mas, uma explicação bem clara sobre o modelo é que nele o funcionário pode fazer seu trabalho a distância, dedicando-se parcial ou integralmente a uma empresa. A jornada passa a ser mais flexível, porém as responsabilidades e o compromisso com as entregas continuam as mesmas como se ele estivesse no ambiente corporativo. Seu modo de avaliação pode ser por entregas e produtividade e não mais por um horário fixo de trabalho.
Quais são as vantagens e as desvantagens do home office?
Como tudo na vida, o modelo de trabalho home office também apresenta suas vantagens e desvantagens. Confira a seguir algumas delas:
Vantagens
Flexibilidade de horário
Economia de tempo (já que não há deslocamento até o local de trabalho)
Equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional
Redução de custos por parte da empresa
Qualidade de vida para o funcionário
Desvantagens
Mais chances de distrações
Falta de rotina de trabalho
Possíveis falhas de comunicação
Suporte técnico mais demorado
Onde encontrar vagas de trabalho home office? Além das redes sociais e do próprio LinkedIn, rede voltada especificamente para o universo do trabalho, plataformas especializadas, focadas em trabalho remoto e trabalho freelancer costumam disponibilizar oportunidades em que o trabalho home office pode ser adotado. Porém, isso não impede que uma empresa tenha esse modelo para as mais variadas áreas e os mais diferentes cargos. Qual é o salário de quem trabalha em home office? O salário de quem trabalha em home office costuma variar bastante. Tudo depende do trabalho desempenhado e da função ocupada. Com as mudanças provocadas pela pandemia, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre como as remunerações seriam afetadas. O que os especialistas dizem é que não há alteração de salário, caso se mantenham as atividades e carga horária trabalhada. Quais são as carreiras que podem adotar o trabalho home office? É importante lembrar que nem sempre o trabalho em home office é possível para todas as carreiras, porque tudo depende se a função ocupada possibilita esse tipo de formato de trabalho. Uma investigação divulgada recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada elencou a viabilidade de realização de home office em uma lista de 86 países. O Brasil ocupou a 45ª posição, com 25,65% das atividades sensíveis a esta prática. Luxemburgo apresentou a maior proporção (53,4%), e Moçambique a menor, com 5,24% das atividades passíveis de migrar para home office. O Brasil ocupou a 2ª posição na América Latina, atrás do Chile, com uma proporção de 25,74% dos trabalhos viáveis de serem realizados nesta modalidade. Existem algumas áreas, no entanto, que são mais simples de seguir esse modelo de trabalho. Afonso Braga, professor de Marketing e Empreendedorismo do Instituto Mauá de Tecnologia, destaca que trabalhos mais administrativos seguramente conseguem ser desempenhados por home office. “Hoje mesmo vemos áreas como Direito, Contabilidade e Finanças com profissionais trabalhando remotamente”, lembra Afonso.
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