O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (16), que, se “depender dele”, a ex-presidente Dilma Rousseff será presidente do banco do Brics — grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Se depender de mim, ela vai ser [presidente do banco do Brics]. A Dilma é uma figura extraordinária. Se eu não tivesse sido presidente e, sim, ministro político da Dilma, não teria acontecido o que aconteceu. Acho que faltou um pouco de conversa, de paciência, mas ela é uma mulher extraordinária, digna de muito respeito, e o PT adora ela”, afirmou o presidente.
“Ela é muito competente tecnicamente. Se for presidente do Brics, será uma coisa maravilhosa para o Brics e para o Brasil.”
A ex-presidente Dilma Rousseff foi indicada por Lula para a direção do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição do Brics. Com sede em Xangai, o apelidado “Banco dos Brics” tem como objetivo financiar obras para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países que compõem o grupo.
Na viagem programada para Pequim, na segunda quinzena de março, é esperado que Lula leve Dilma. A estratégia seria de transformar a presença da ex-presidente em mais um elemento de pressão pela mudança no comando do Banco dos Brics, atualmente liderado pelo empresário brasileiro Marcos Troyjo.
Segundo relatos feitos, a petista tem tratado do assunto com aliados próximos, entre eles especialistas no país asiático, e tem consumido conteúdo relacionado à história e ao desenvolvimento econômico da China.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já conversou com Marcos Troyjo. Segundo relatos, o atual mandatário do Banco dos Brics poderia deixar o posto e ocupar uma função na gestão do governador Tarcísio Freitas, em São Paulo.
Uma das críticas feitas ao atual dirigente do NDB é que ele praticamente não esteve na sede do banco no ano passado e foi incapaz de reverter o fluxo de desembolsos da instituição.
Troyjo assumiu em maio de 2020 o comando da instituição e tem mandato até 2025. Ex-secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes, ele tem sido rotulado como bolsonarista pelo governo Lula.
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