Com base em digitais, investigadores devem intimar pessoas a prestarem depoimentos
A Polícia Federal em São Paulo vai usar perícia e técnicas de investigação para descobrir quem teve contato pessoal com os dois pacotes de joias entregues pela Arábia Saudita ao governo de Jair Bolsonaro.
Uma delas é a técnica de digitais, feitas pelo setor de identificação por papiloscopistas. Com isso, é possível saber quem pegou, manuseou ou recebeu os pacotes e as joias. Mesmo se forem muitas digitais, é possível identificá-las, aponta a PF.
Com base nas digitais, a PF deve intimar para depoimentos quem tocou nas joias ou nos pacotes.
O objetivo é saber a origem, para onde foi e por que houve a tentativa de entrada das joias no Brasil sem declará-las.
A PF também vai analisar as imagens das câmeras de segurança do aeroporto internacional de Guarulhos (SP), onde as joias chegaram, para corroborar os depoimentos e ver quem foi pessoalmente tentar retirar as joias retidas pela Receita Federal, e em quais momentos e horários.
Argumentos da defesa
Nele, estavam objetos da marca Chopard, como um masbaha rose gold; um relógio com pulseira em couro; um par de abotoaduras; uma caneta rose gold e um anel. Apenas o relógio está listado por R$ 223 mil.
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ex-presidente declarou oficialmente os bens de caráter “personalíssimo” recebidos em viagens, e que não existem irregularidades em suas condutas.
O representante de Bolsonaro também disse que “certas informações” estariam sendo tiradas de contexto, gerando mal-entendido e confusão para o público, classificando o caso como “perseguição política”.
A Receita Federal também está investigando esse segundo pacote, e se ele passou pelos trâmites aduaneiros corretos.
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