Em conversa com a CNN, especialista revelou que cerca de 4% da população é afetada pelo desalinhamento dos olhos
O estrabismo, um tipo de desequilíbrio nos músculos oculares que faz com que os olhos não fiquem paralelos, muitas vezes gera comentários desagradáveis e preconceituosos.
De acordo com Rubens Belfort Neto, médico oftalmologista e doutor em oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o estrabismo é o termo médico utilizado para descrever a condição na qual os olhos não estão alinhados, o que popularmente é chamado de olho “vesgo”.
“Esta condição pode afetar tanto crianças quanto adultos e possui diversas causas. É relativamente comum, afetando cerca de 4% da população”, afirma o especialista.
De acordo com o médico, a condição está associada à ametropia — anomalias de refração como miopia, hipermetropia e astigmatismo —, mas pode haver uma predisposição familiar, sendo que cerca de 30% das crianças com estrabismo têm outro membro da família com o mesmo problema.
“É normal que crianças de até 4 ou 5 meses apresentem algum grau de estrabismo, mas se persistir após os seis meses de idade, é importante consultar um oftalmologista, especialmente se os pais notarem que os olhos da criança permanecem desalinhados durante parte do dia ou o tempo todo”, indica Rubens Belfort.
Quando tratado ainda na infância, a correção se torna mais simples, geralmente através de óculos específicos ou um tampão no olho “mais forte” durante algumas horas do dia.
“Nos adultos, é necessário tratar a causa subjacente, que pode estar relacionada a condições como pressão alta ou diabetes. Se o estrabismo não melhorar com o tratamento, a cirurgia pode ser uma opção”, explica o médico especialista.
Segundo Rubens, a falta de tratamento para a condição pode impactar na qualidade de vida da pessoa estrábica, já que o olho desviado geralmente apresenta uma visão reduzida. No entanto, a grande maioria das queixas é relacionada ao aspecto estético, em vez do funcional.
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