Descoberta faz parte do trabalho de grupo de exploradores da National Geographic Society e foi publicada na revista científica Cladistics
Uma nova espécie de dinossauro carnívoro foi encontrada na Formação La Colonia, na Patagônia Central, dentro do território da Argentina, por um grupo de exploradores da National Geographic Society. A pesquisa que atesta a descoberta foi publicada na revista científica Cladistics nesta terça-feira (21).
Nomeado Koleken inakayali, o dinossauro é uma nova espécie de abelisaurídeo e coexistia com um titanossauro (Titanomachya gimenezi), descoberto no mês passado pelo mesmo grupo de pesquisadores, liderados pelo explorador Diego Pol.
O Koleken inakayali é o segundo abelisaurídeo descoberto e que habitou a Formação La Colonia no final da era dos dinossauros, no Cretáceo Superior, há cerca de 70 milhões de anos. O outro havia sido o “touro carnívoro”, o Carnotaurus sastrei — espécie popularizada no filme “Jurassic World”.
Apesar de parecidos, ao contrário do Carnotaurus, o Koleken é menor e apresenta um conjunto único de características cranianas e diferenças anatômicas, em especial a ausência dos enormes chifres frontais.
O nome escolhido para a nova espécie é derivado da língua do povo Tehuelche, da Patagônia Central, e faz referência à argila na qual o dinossauro foi encontrado e ao líder daquele povo, Inakayal.
A pesquisa publicada na revista Cladistics detalha a descoberta, que consiste em um esqueleto parcial, incluindo vários ossos do crânio, um conjunto quase completo de ossos das costas, um quadril completo, vários ossos da cauda e pernas quase completas.
“Essa descoberta traz luz para a diversidade de terópodes abelisaurídeos que habitavam a Patagônia pouco antes do evento de extinção em massa”, avalia Diego Pol.
“Nosso estudo também analisa a evolução dos abelisaurídeos e seus parentes ao longo do tempo e identifica taxas aceleradas de evolução do crânio no cretáceo inferior. Isso amplia o que sabemos sobre os abelisaurídeos que viveram nessa área durante o período Cretáceo e mostra que eles eram mais diversos do que se pensava”.
Foto: Vincent Brusca
O trabalho de Diego Pol é apoiado pela National Geographic Society e visa expandir a compreensão científica sobre os dinossauros e vertebrados que existiram em toda a Patagônia durante os últimos 15 milhões de anos do período Cretáceo.
O trabalho dele também consiste em desenvolver um banco de dados para ajudar pesquisadores a identificarem padrões de extinção no final do Cretáceo na América do Sul em comparação a outras regiões do mundo.
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