Fábio Augusto Vieira teve um celular, um notebook e dois HDs apreendidos para averiguação durante as investigações sobre os ataques de 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Polícia Federal que informe se ainda precisa manter os bens eletrônicos do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, que foram apreendidos pela corporação em 10 de janeiro deste ano para passar por perícia.
A PF recolheu um celular, um notebook e dois HDs de Vieira e foi autorizada a extrair os conteúdos dos eletrônicos para apurar o envolvimento do militar nos atos de vandalismo de 8 de janeiro registrados em Brasília.
A defesa do coronel pediu ao STF em 13 de fevereiro a devolução dos eletrônicos do coronel. Segundo os advogados, os aparelhos ficaram em posse da Polícia Federal por mais de um mês e não interessavam mais ao processo, pois “teria transcorrido tempo suficiente para que a autoridade policial procedesse à realização de perícia”.
O ex-comandante-geral da PMDF chegou a ser preso de forma preventiva por suspeita de omissão na condução da Polícia Militar durante os episódios radicais que terminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. No momento, ele está em liberdade condicional, após conseguir alvará de soltura.
Segundo o relatório sobre o 8 de janeiro elaborado pelo interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli, Vieira participou ativamente das tentativas de conter os manifestantes extremistas e não teve as ordens de reforços de militares atendidas.
A PF não tem prazo para se manifestar sobre o pedido do ministro Alexandre de Moraes.
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