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Mais velhos têm maior risco de desidratação no calor; veja como prevenir

Saiba quais são os sinais de alerta e como se proteger durante a onda de calor que atinge Brasil

O principal risco para os idosos durante a onda de calor que o país enfrenta está relacionado à desidratação. É o que afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Leonardo Brando de Oliva.



Na terça-feira (14), o Rio de Janeiro registrou a sensação térmica de 58,5 graus Celsius (°C). A Prefeitura da cidade divulgou ter registrado 22 atendimentos médicos de urgência e emergência relacionados ao forte calor no último fim de semana. Outras cidades do sudeste e demais regiões do país também enfrentam altas temperaturas.



”O idoso já é mais suscetível à desidratação do que as outras pessoas, de outras faixas etárias, tanto pela diminuição da quantidade de água no corpo, quanto, também, por redução de alguns mecanismos que protegem da desidratação”, diz Oliva.



Um dos mecanismos que protegem à desidratação é a sede. E segundo o geriatra e superintendente de medicina da MedSênior, Roni Mukamal, esse mecanismo do sistema nervoso central envelhece à medida que a idade avança. Por isso, há a tendência de os idosos não sentirem sede, mesmo precisando de líquidos. Acontece o mesmo com o sistema de regulação da temperatura corporal.



‘’Temos vários mecanismos de compensação do calor. E a gente compensa o calor, muitas vezes, através da produção do suor. Quando suamos, é uma forma de a gente resfriar o corpo. Só que isso tem limite: quando o calor é extremo ou contínuo, esse suor acaba não sendo suficiente. Aí, pode ser que aconteça, além do suor excessivo, a desidratação. No caso do idoso, às vezes, ele não percebe que está desidratando, perdendo líquido e ficando exposto. Ai, vem as complicações do excesso de calor. Então, é importante que o idoso tome líquido regularmente, independentemente da temperatura ou de sentir necessidade’’, diz Mukamal.

Além de tomar água constantemente, ainda de acordo com Mukamal, são necessárias, também, outras formas de proteção: ‘’Nos horários mais quentes, entre as 10h da manhã até 2h ou 3h da tarde, a recomendação é não sair de casa ou ficar em ambientes mais frescos, com sombra. Também usar boné e roupas frescas e arejadas’’. Isso tudo porque o calor extremo pode gerar fadiga, dificuldade de concentração, e em casos mais graves, confusão mental e desmaio.



Outros sinais de perigo causado pelo calor são: a urina pode ficar muito amarela, ou o fluxo urinário pode diminuir. Os tornozelos ficarão inchados e a frequência do coração pode acelerar. Até lesões em órgãos como rim podem acontecer e levar o paciente a ter um quadro grave de desidratação, de disfunção renal, podendo haver a necessidade de internação: ‘’se o idoso ficar confuso, tiver sensação de desmaio, ficar mais restrito, é importante a busca imediata de ajuda médica para que sejam feitas uma avaliação e hidratação adequadas.


O calor extremo pode durar até a próxima sexta-feira (17) em todo o país, de acordo com um novo alerta vermelho emitido pelo INMET. As altas temperaturas devem preocupar as autoridades principalmente das regiões Centro-Oeste e Sudeste.



Link de referência da matéria: https://www.cnnbrasil.com.br




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