Resultados podem auxiliar na criação de novos medicamentos que controlem as vias inflamatórias sem os efeitos colaterais do ácido acetilsalicílico
Uma pesquisa mostrou que as consequências inflamatórias geradas pela privação de sono podem ser controladas com baixas doses de ácido acetilsalicílico — conhecido popularmente como Aspirina.
A descoberta foi revelada durante o evento Sleep, organizado pela Academia Americana de Medicina do Sono e a Sleep Research Society em Houston, nos Estados Unidos. O objetivo do grupo de pesquisa é auxiliar na criação de novos medicamentos que visem controlar essas vias inflamatórias sem os efeitos colaterais da Aspirina, como sangramento e derrame.
“A novidade deste estudo é que ele investigou se podemos reduzir farmacologicamente as consequências inflamatórias da restrição de sono”, disse a autora principal do estudo, Larissa Engert, pós-doutoranda no Departamento de Neurologia do Beth Israel Deaconess Medical Center e na divisão de Medicina do Sono da Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos.
Na condução da pesquisa foram coletados dados de 46 adultos separados em três grupos: um que era submetido à restrição de sono e recebia Aspirina; um com as mesmas limitações, mas sem o medicamento; e outro com repouso completo e ingerindo placebo. Os participantes começaram o experimento passando duas noites dormindo por oito horas, cinco com uma oportunidade de sono de quatro horas, e três noites de recuperação. O grupo de controle teve a chance de repousar por oito horas durante todo o estudo.
Com os resultados os pesquisadores conseguiram detectar a atenuação das vias inflamatórias ativadas pela restrição de sono no grupo que havia recebido as baixas doses de Aspirina.
“Tais medicamentos poderiam complementar as terapias comportamentais de melhoria do sono para melhor prevenir ou controlar a inflamação e suas consequências naqueles que experimentam períodos de deficiência de sono”, disse Engert.
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