A endometriose afeta cerca de 176 milhões de mulheres no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Somente no Brasil, são mais de 7 milhões de casos.
A campanha nacional “Março Amarelo e Lilás” trabalha pela conscientização sobre a doença e sobre o câncer do colo do útero – ambas que afetam as mulheres.
No Correspondente Médico, a oncologista do Hcor Audrey Tsunoda explicou que a origem da endometriose ainda não foi determinada com precisão.
“Existem células que descamam na menstruação e passam por outros locais, dentro do útero, nas tubas uterinas, ovários, trompas e órgãos ao redor como bexiga e intestino.”
Por esse motivo, a mulher menstrua nesses locais, o que “gera dor e inflamação crônica que pode até resultar em infertilidade.”
A médica reforça que o principal sintoma para a endometriose é a dor intensa durante as menstruações – e que ela pode surgir tanto na adolescência, quanto de forma tardia.
“Em algum momento há modificação no perfil das menstruações e dor muito intensa, com necessidade até de medicação na veia.”
De acordo com Tsunoda, a maioria das pessoas diz que a dor é normal, mas não é: “Não conseguir seguir com atividades não é normal, primeiro sinal de alerta é essa dor.”
Entre os outros sintomas, estão a dor na relação sexual, infertilidade, dificuldade para urinar, sangramento na urina.
O diagnóstico “depende da suspeita” e exige investigação do médico, com “exame ginecológico e outros adicionais, como ultrassonografia com preparo específico e ressonância.”
A especialista afirma que houve avanço no tratamento, com “medicações ou cirurgias.”
Ela também avalia que os médicos especialistas brasileiros são referência mundial sobre o tema.
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