À CNN Rádio, Vitelio Brustolin explicou quais as principais pautas a serem discutidas no encontro
A 15ª reunião da Cúpula dos Brics, sediada na capital sul-africana de Joanesburgo, acontece em “momento crucial” da situação geopolítica do mundo.
É o que defende o professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense Vitelio Brustolin.
“Especialmente por causa da guerra na Ucrânia. A Rússia é uma das fundadoras do grupo, e China, Índia e África do Sul se abstiveram de condenar a invasão no Conselho de Segurança da ONU”, disse, à CNN Rádio.
O Brasil “se somou a outros 141 países que condenaram.”
Vitelio defende que há “questões geopolíticas que geram entraves às pautas.”
“A ampliação do bloco, por exemplo, é uma questão que o Brasil se posicionava contra, já que ampliar os Brics significaria esvaziar o poder do País”, afirmou.
Entre as condições estabelecidas pelo Brasil, estão os critérios para o ingresso de outros países, como aqueles que aprovem uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, com a inclusão brasileira.
Por outro lado, a própria Rússia pode estabelecer seus próprios critérios: “pode ser que a Rússia peça que se posicionem contra sanções aos russos sem que elas passem pelo Conselho de Segurança da ONU”.
“Além da expansão do Brics, existe a discussão sobre uma moeda comum para o comércio”, segundo Vitelio.
Mesmo assim, o professor acredita ser “muito difícil de acontecer” neste momento.
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