Análise foi feita pelo Google Trends e obtida com exclusividade pela CNN; dados mostram que o brasileiro tem se interessado mais pelo assunto
As buscas por doação de órgãos mais que triplicaram (+250%) no Brasil nos últimos dois dias em comparação com o período anterior. Nos últimos cinco anos, o interesse pelo tema também aumentou 40% em relação ao período anterior. Dados são de levantamento do Google Trends obtido com exclusividade pela CNN.
De acordo com a plataforma, uma das perguntas mais buscadas sobre a doação de órgãos no Brasil, nos últimos 12 meses, foi “Quais órgãos podem ser doados após a morte?“. Veja a lista com as 10 perguntas mais buscadas no Google abaixo:
O que é doação de órgãos?
Quais órgãos podem ser doados após a morte?
Como funciona a doação de órgãos?
Quem pode doar órgãos depois de morto?
Quando começou a doação de órgãos no Brasil?
Como incentivar a doação de órgãos no Brasil?
O que dificulta a doação de órgãos no Brasil?
Como abordar a família para doação de órgãos?
Diabético pode receber doação de órgãos?
Qual religião não permite a doação de órgãos?
Ainda de acordo com o levantamento, quem pesquisou no Google pelo assunto “doação” também tinha interesse em encontrar informações sobre a doação de animais, como cachorros e gatos, a doação de imóvel em vida, a doação de alimentos, roupas e brinquedos, além da doação de leite materno e cabelos.
O levantamento também mostrou que a doação de sangue ainda é o tipo de doação mais buscado no Brasil nos últimos 12 meses, segundo a plataforma. Ela é oito vezes mais buscada do que a doação de órgãos. No ranking mundial, o Brasil é o 7º país com mais interesse de busca por doação de sangue.
As perguntas “como ser doador de medula?” e “o que é medula óssea?” foram algumas das buscas na categoria de saúde com maior crescimento no Brasil na comparação dos últimos sete dias com o período anterior, tendo +850% e +120% de crescimento, respectivamente, segundo a plataforma.
Pessoas interessadas em doar órgãos podem emitir autorização digital gratuita
Pessoas interessadas em serem doadoras de órgãos poderão emitir a AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos) de forma gratuita nos cartórios de notas de todo o Brasil. A novidade foi anunciada na última terça-feira (2) pelo presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Luís Roberto Barroso, e pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, durante a sessão plenária, com o lançamento da campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”.
O objetivo é fomentar ainda mais as doações de órgão. Segundo o ministro Barroso, em nota divulgada pelo CNJ, em 2023, a cada mil pessoas que faleceram no país, das quais 14,5 poderiam ser potenciais doadores, apenas 2,6 efetivaram a doação.
O ministro também reforçou a importância da segurança do sistema. “É um instrumento validado juridicamente e agiliza o processo de doação, além de facilitar a consulta de médicos e familiares sobre o desejo do paciente. É preciso conscientizar a população de que o processo está cada vez mais seguro e o efetivo engajamento de todos poderá salvar muitas vidas.”
Para realizar a AEDO, o interessado deverá preencher um formulário no site. Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interessado e coletar sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.
Atualmente, são mais de 42 mil pessoas que aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil, 500 delas, são crianças, segundo o CNJ. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão. Pelo sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. A maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.
Link de referência da matéria: https://www.cnnbrasil.com.br
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