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Foto do escritorBrigite Hanôver

Astrônomos fazem descoberta inédita de vapor de água em exoplaneta

No entanto, é improvável que o corpo celeste hospede qualquer tipo de vida devido à temperaturas escaldantes

Astrônomos realizaram uma descoberta inédita ao detectar vapor de água na atmosfera de um pequeno exoplaneta (corpo celeste que não orbita ao redor do sol) extremamente quente a 97 anos-luz da Terra. A informação foi divulgada pela Nasa na quinta-feira (25).


Usando o Telescópio Espacial Hubble, astrônomos descobriram que o planeta, denominado GJ 9827d, tem cerca de duas vezes o diâmetro da Terra e é o menor exoplaneta encontrado com vapor de água na sua atmosfera.


A água é essencial para a vida como a conhecemos. No entanto, é improvável que o planeta hospede qualquer tipo de vida devido à temperaturas escaldantes que transformariam uma atmosfera rica em água em vapor escaldante.


Os astrónomos ainda não descobriram a verdadeira natureza da atmosfera do novo mundo, mas a revelação abre caminho para investigações mais aprofundadas à medida que procuram compreender as origens dos planetas para além do nosso sistema solar.


As descobertas foram relatadas, detalhadamente em um relatório publicado no The Astrophysical Journal Letters.


“A água num planeta tão pequeno é uma descoberta marcante”, disse a co-autora do estudo Laura Kreidberg, diretora-gerente do departamento de física atmosférica de exoplanetas do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg, Alemanha, em comunicado.

“Isso está mais perto do que nunca de caracterizar mundos verdadeiramente semelhantes à Terra”, acrescentou.

“Esta seria a primeira vez que podemos mostrar diretamente, através de uma detecção atmosférica, que estes planetas com atmosferas ricas em água podem realmente existir em torno de outras estrelas”, disse o co-autor do estudo Björn Benneke, professor do Instituto Trottier de Pesquisa sobre Exoplanetas. “Este é um passo importante para determinar a prevalência e diversidade de atmosferas em planetas rochosos”, complementou ele.


Atualmente, a equipa de investigação não consegue dizer se o Hubble captou vestígios de vapor de água numa atmosfera inchada e rica em hidrogênio ou se o planeta tem uma atmosfera rica em água porque a estrela hospedeira evaporou a atmosfera original de hidrogénio e hélio de GJ 9827d.

“Nosso programa de observação, liderado pelo investigador principal Ian Crossfield (da Universidade do Kansas) no Kansas, Estados Unidos, foi projetado especificamente com o objetivo não apenas de detectar as moléculas na atmosfera do planeta, mas também de procurar especificamente o vapor de água”, disse o principal autor do estudo, Pierre-Alexis Roy, estudante de doutorado no Instituto Trottier da Universidade de Montreal, Canadá, também em comunicado.


“Qualquer resultado seria emocionante, quer o vapor de água seja dominante ou apenas uma espécie minúscula numa atmosfera dominante em hidrogênio”, acrescentou Roy.


Link de referência da matéria: https://www.cnnbrasil.com.br

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